terça-feira, 24 de abril de 2018

Vida em abundância

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Primeira Pastora Batista Consagrada na Região Litorânea

43 Pastores e Pastoras estiveram presentes no Concílio
A Primeira Igreja Batista de Jaconé foi a promotora do primeiro concílio de consagração de uma mulher ao Ministério Pastoral.

IONEIDA PETINATI BASTOS DA ROCHA, formada em Teologia pelo Seminário Teológico Batista Gonçalense, em 2008, sendo destacada como oradora da turma. Além de Teologia, com o curso convalidado, é Graduada pelo Instituto Haggai, Filosofia pela Faculdade Phoenix e Gestão Ministerial.
Casada com Carlos Alberto Santos da Rocha há 25 anos, diácono, o casal tem dois filhos, Jhonatam e Maria Clara, totalmente integrados na Igreja local, inclusive participaram com um louvor abençoador no culto consagratório.

Pr. David de Oliveira, Presidente do Concílio
Diretoria do Concílio:
Presidente: Pr. David de Oliveira
Secretario: Pr. Valdeni Dativo
Examinador Conversão e Chamada: Prª Gleice Dorneles
Examinador de Teologia: Pr Hudson Galdino da Silva
Examinador de Eclesiologia e História dos Batistas: Pr. Luciano Teixeira
Pregador Ocasional: Neemias dos Santos Lima
Entrega da Biblia: Pr. Adenauer Pereira Sampaio
Oração Consagratória: Pr. Iracy Ferreira da Costa


Vista do auditório no momento do exame
O exame foi acompanhado por um auditório bem concorrido desde o primeiro momento e a admiração pela segurança e capacidade da candidata eram percebidos em todos os presentes.


Prª Sílvia Nogueira
A Prª Sílvia Nogueira, primeira pastora batista consagrada no Brasil, completando 19 anos de consagração, esteve presente no evento e ficou admirada com o apoio dos pastores presentes, desde experimentados obreiros como de jovens pastores.

Ela orou no final do culto e, com simpatia marcante, atendeu a todos que queriam estar com ela no final da celebração. Destaca-se que sua consagração gerou muita polêmica na época, mas se tornou um símbolo.


O pregador ocasional foi o pr. Neemias dos Santos Lima, que baseou seu sermão na construção da ideia que na criação, no plano divino, homem e mulher formavam uma só carne, sem distinção. Com a queda, aconteceu a maldição sobre os dois, mas que a mulher carrega um fardo maior, embora a repreensão de Deus tenha sido maior sobre Adão. Mostrou ao longo da Bíblia a valorização da mulher e finalizou afirmando que a legitimidade do ministério pastoral, masculino ou feminino, passa pela convicção de chamada, reconhecimento da Igreja local e a comprovação pelos frutos.

No final da Celebração, a novel pastora impetrou a bênção apostólica.

Centenário de nascimento de meu pai é destaque na Câmara Federal

Deputado Federal Pr. Ezequiel Teixeira
O Deputado Federal Pr. Ezequiel Teixeira destacou no plenário da Câmara Federal a homenagem que fiz pelo centenário de nascimento de meu pai, Alício dos Santos Lima.

O referido deputado recebe diariamente o Café com Cristo, mensagem em áudio que enviamos pelo whatsapp ,

Agradecemos de coração o destaque. Veja o vídeo:

segunda-feira, 16 de abril de 2018

Ao meu pai

Alício dos Santos Lima
Estivesse entre nós, meu pai completaria hoje cem anos. Há vinte e dois anos nos deixou, mas suas impressões continuam vivas em nossa mente. Um homem de poucos estudos, mas de sabedoria impressionante. Como registra Augusto Cury, “aprendia com os erros dos outros, ao contrário dos inteligentes, que aprendem com os próprios erros”.

O legado deixado para os filhos é de inestimável valor. Destaco:

1º - O legado da fé. Era um homem comprometido com Deus. Sem ocupar funções de liderança, era assíduo nas classes bíblicas e não negociava sua fé.

2º - O legado da coragem. Homem corajoso. Uma de suas máximas era: não tenham medo de nada e de ninguém, tenham medo do seu erro, porque, no dia em que errarem, se tornarão escravos dele.

3º - O legado da resiliência. Que capacidade para dar a volta por cima após sofrer alterações na normalidade e sofrer com intempéries!

4º - O legado do perdão. Sua capacidade de perdoar era impressionante. Um homem que causou muitos males à nossa família com golpe financeiro, recebeu o perdão anos depois, ao acertar sem qualquer correção. Disse-lhe que não aceitasse. Respondeu: “Fará bem a ele, ele precisa desse perdão!”.

Paizão, o senhor fisicamente não está entre nós, mas seu legado nunca estará ausente. Louvo a Deus pela sua memória!

domingo, 15 de abril de 2018

A Síria e os Batistas Brasileiros, uma relação de fé

Pr. João Marcos Soares Ferreira
Diretor Executivo da Junta de Missões Mundiais
O mundo, estarrecido, aguarda com preocupação o desenrolar desse problema que envolve a diplomacia mundial com os ataques à Síria e líderes mundiais tem opinado sobre o assunto.

O presidente brasileiro Michel Temer se pronunciou: "Eu quero manifestar a profunda preocupação do nosso país com a escalada do conflito militar na Síria. Já é, pensamos nós, passada a hora de se encontrarem soluções duradouras, baseadas no direito internacional, para uma guerra que se estende há tempos demais, e um custo humano elevado também demais".

O Papa Francisco revelou sua preocupação: "Estou profundamente perturbado com a atual situação mundial, na qual, apesar das ferramentas disponíveis para a comunidade internacional, é difícil chegar a um acordo sobre uma ação comum em favor da paz na Síria e em outras regiões do mundo”.

Os ataques liderados pelos Estados Unidos da América contra a Síria com 105 mísseis destroem construções e colocam em risco de morte muita gente, mas não são capazes de, sequer, diminuir o entusiasmo de missionários que estão levando a mensagem de paz.

Ouvimos o Diretor Executivo da Junta de Missões Mundiais, uma das maiores agências missionárias do mundo, Pr. João Marcos Soares Ferreira, e a atuação na Síria e região é marcante.

Entrevista:

As Igrejas da Convenção Batista Brasileira tem quantos missionários na Síria e região próxima?

"Nós temos três missionários atualmente trabalhando na Síria. Nós os chamamos de M., Jorge e Sofia". 

Eles estão seguros ou há preocupação com o risco de morte deles?

"Eles estão em segurança, graças a Deus mas sempre há o risco do conflito os alcançar. A situação na Síria é muito mais complicada do que a imprensa mostra. Nem mesmo quem viveu na região conhece toda a dinâmica da situação atualmente. O país vive uma guerra civil em que diversos grupos lutam contra o governo e, em alguns casos, entre si. Há muitos interesse envolvidos na região. Além das grande potências do mundo, como EUA e Rússia, potências regionais estão interferindo no país. É o caso da Turquia, Irã e Arábia Saudita. Há diversas causas para a guerra e isso nos leva a crer que ela, infelizmente, não terá um fim logo".

Que projetos são desenvolvidos na área?

"M. Trabalha com a igreja local em duas cidade e tem atendido muitas famílias locais e muitos refugiados que têm fugido para a região dele. Nos últimos 7 anos teem atendido cerca de 3 mil famílias, em sua maioria pertencentes aos três grupos majoritários da região. Na sua maioria estas família não tem nenhuma ideia sobre igreja e principalmente sobre Jesus. São famílias que perderam o progenitor na guerra e fugiram para aquela região. Alguns moram em pequenas casas e outros em tendas. A igreja tem ido onde eles estão, tanto nas pequenas casas quanto nas tendas e tenta atender suas necessidades, como comida, roupas. E aproveitam a oportunidade para falar da esperança existente na pessoa de Jesus. Além do trabalho geral que tem feito com as famílias, a partir de Janeiro começaram a fazer um trabalho específico com crianças e senhoras. São cerca 200, 60% pertencentes ao grupo majoritário e um número em torno de 125 senhoras não cristãs. São pessoas que precisam de ajuda mais específica. Estas famílias veem a igreja como uma organização que pode lhes ajudar, veem esperança na igreja. O Projeto do M não tem um nome específico. O casal Jorge e Sofia trabalha na região de Homos em três vilas diferentes; trabalham com a igreja que foi fechada pelo governo e reúne o povo em casa e em cada uma das vilas. Alcançam tanto o povo local quanto famílias refugiadas. Desenvolvem trabalho com crianças a partir da escola dominical onde tem tido em torno de 40 crianças, tendo também mais um encontro durante a semana. A esposa é responsavel pelo projeto PEQUENOS DO REINO que atende crianças e adolescentes de diversas idades que estão em situação de risco. Ajudam ensinando-os em uma pequena escola, mas também com refeições, roupa e outras coisas. Mas em todas as situações o objetivo é compartilhar a esperança que é Cristo". 

Que consequências positivas ou negativas tem para o trabalho com o ataque dos USA na Síria?

"Trabalhar em uma situação de conflito é sempre difícil. Quando ele é exacerbado e envolve potências, a dificuldade aumenta exponencialmente. A insegurança não permite que muitas ações sejam implementadas. Alguns lugares têm que ser evitados. Mas o desejo de levar a esperança, que é Cristo, não pode esmorecer nunca. Por isso continuamos confiantes que Ele mesmo continuará a agir e a guiar nossos obreiros e sua igreja na Síria".

O Diretor Executivo falou ainda das necessidades que o trabalho na região tem:

1. ORAÇÃO - precisamos cobri-lo em oração para que continue a ter ousadia no compartilhar do evangelho;

2. Ofertas para adquirirem víveres e bens para ajudar os necessitados;

3. Precisam comprar um terreno e construir um galpão. O ideal é comprar neste momento enquanto os preços ainda são normais, pois não têm espaço adequado para ajudar as pessoas. Alugar é difícil pois assim que veem que a igreja está agindo, os proprietários pedem a propriedade. É uma forma disfarçada de perseguição.

Quem se interessar ajudar os projetos pode fazer. Os dados para fazer os depósitos estão abaixo. É importante enviar o comprovante do depósito por email para fazermos o registro da sua contribuição. Envie para executivo@jmm.org.br

Bradesco - Agência: 1125 C/C 59000-2

Banco do Brasil - Agência: 3010-4 / Conta Corrente: 141900-5

Santander - Agência: 3894 C/C 13001270-8

Caixa - Agência: 0201 C/C 1165-4 OP. 003

Itaú - Agência: 9218 C/C 65100-9

CNPJ da JMM: 34.111.088/0001-30



sábado, 14 de abril de 2018

Batistas Brasileiros em Poços de Caldas


A partir do dia 23 até o dia 29 de abril, os batistas filiados à Convenção Batista Brasileira estarão reunidos na linda cidade mineira, Poços de Caldas, para sua Assembleia Anual.

O encontro é marcado pela avaliação e aprovação dos relatórios do último ano fiscal, decisões pertinentes ao trabalho batista no Brasil e propostas de avanços para a obra de evangelização e missões. Isso, claro, além de contar com uma parte musical de primeira grandeza.

Uma das novidades neste ano é que a famosa noite missionária não acontecerá, mas será compensada com momentos missionários em todas as sessões da Assembleia.

Segundo o Pr. Dr. Sócrates de Oliveira, Diretor Executivo da Convenção Batista Brasileira, "o número de inscritos pelo sistema eletrônico chegou a 1.459, destacando que 56% optaram pelo modo sustentável, ou seja, utilizando o Livro do Mensageiro Digitalizado".

Pr. Dr. Sócrates de Oliveira
Acrescenta o Diretor Executivo que, "como acontece todos os anos, muitos mensageiros se inscrevem no local e o número total ultrapassará 2.000". 

Nosso blog acompanhará todo o trabalho 
e dará informações diárias sobre o evento.

Marquinho Mendes concede entrevista exclusiva ao jornalista Juarez Volotão

Prefeito Marquinho Mendes
No dia 11 de abril, última quarta-feira, o jornalista Juarez Volotão arrancou declarações bombásticas do prefeito Marquinho Mendes, numa entrevista coletiva.

Veja a entrevista completa no vídeo abaixo:


Na próxima quinta-feira, dia 19 de abril, o TSE julgará a situação do atual prefeito. Marquinho Mendes disse estar tranquilo, confiando nos advogados e na justiça.

sexta-feira, 13 de abril de 2018

Intolerância contra a Família - Nota de Repúdio


O escândalo da intolerância
Nota de repúdio

O resultado mais sublime da educação é a tolerância. 
Helen Keller (1880-1968)

É incrível como em pleno século XXI raios de intolerância ainda queimem, mesmo que a humanidade insista em crer no ocaso de sua fonte. Assusta-nos como um ambiente onde a multiplicidade do saber e a liberdade de pensamento deveriam ser sempre defendidas seja grotescamente desrespeitado e atacado simplesmente por ter sido o berço que embalou a realização de uma pesquisa acadêmica sobre “O BEM HUMANO BÁSICO DO CASAMENTO NA TEORIA NEOCLÁSSICA DA LEI NATURAL: RAZÃO PRÁTICA, BEM COMUM E DIREITO”, na qual a autora, a mestranda Dienny Estefhani Magalhães Barbosa Riker, analisou o casamento como um “bem humano básico”, constituído de um homem e uma mulher.

Assina a nota com o
Ministério Oikos
É de causar indignação a forma violenta e intolerante como segmentos da sociedade lançaram acusações, intimidações e difamações, inclusive pelas redes sociais e no próprio campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), numa tentativa de desqualificar o referido trabalho, taxando-o de anticientífico e de jaez religioso.

Por considerarmos essas manifestações e ataques anacrônicos, pérfidos, desumanos e avessos à boa tradição acadêmica, que é democrática, livre e plural, nós do Ministério Oikos – Ministério Cristão de Apoio à Família, da Aliança Pró-família e do Movimento Cristão em Defesa da Família, viemos a público repudiar as ações desses grupos e manifestar o nosso irrestrito apoio à advogada e pesquisadora Dienny Estefhani Magalhães Barbosa Riker, por seu trabalho científico, qualificado e aprovado pelo programa de pós-graduação da UFPA, tanto quanto apresentar, de forma enfática, nossa total concordância com o fulcro do relatório de pesquisa mencionado e apreciação por seu meritório teor.

Assina a nota com o Ministério Oikos
Como movimentos cristãos na sociedade brasileira, compreendemos que o casamento constituído por um homem e uma mulher, monogâmico, que prima pela fidelidade conjugal, pela integridade, pelo respeito mútuo, pela fé em Deus e pelo respeito à sua Palavra normativa, a Bíblia Sagrada, constitui de fato um “bem humano básico”, o fundamento seguro da família, alicerce e âncora de uma sociedade que se pretende próspera, feliz e saudável.

Afirmamos, por fim, nosso anseio de ver no nosso Brasil uma ambiência madura, de tolerância e respeito às diferenças, em que as ideias, teses e propostas, de todos os matizes, não sejam impostas, mas debatidas com liberdade e isonomia de direitos, sem que com isso as pessoas que as inspiram e esposam sejam agredidas e desrespeitadas.


Rio de Janeiro, abril de 2018.

Ministério Oikos - Ministério Cristão de Apoio à Família 
Aliança Pró-família
Movimento Cristão em Defesa da Família

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Marquinho Mendes em entrevista exclusiva

O prefeito Marquinho Mendes dará daqui a pouco uma entrevista exclusiva ao jornalista Juarez Volotão, apresentador do Programa Falando Francamente.

Uma das características do apresentador é não fugir de temas polêmicos e pode ser que Marquinho tenha que responder sobre a situação política de Cabo Frio, sobretudo hoje, um dia depois da perda do mandato do prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto, TSE, quando foi cassado o seu registro de candidatura na última eleição. O prefeito concorreu com liminar.

Segundo alguns, a situação de Cabo Frio é bem semelhante.

Você pode acompanhar o programa por um dos canais:

Pela TV - Costa do Sol - Rede Litoral

Pelo site redelitoral.tv.br

Pelo app da TV

Às 17h

Será imperdível!


sexta-feira, 6 de abril de 2018

Não há impossível para Deus - IV

É possível perdoar.

Ouço constantemente: “Pastor, é muito difícil perdoar!”. É verdade. Mas é difícil estudar e você estuda. É difícil executar algumas tarefas e você executa. Por que, então, a resistência em perdoar?

A vida de José do Egito é um exemplo sobre o perdão. Rejeitado pelos irmãos, vendido ao Egito, traído na casa de Potifar, esquecido por um companheiro de prisão, tinha tudo para guardar ressentimento. Depois de todo o desenrolar, com seus irmãos indo ao Egito para comprar alimento e reencontrando-se com José, após a morte de Jacó, com medo de vingança, seus irmãos lhe pediram clemência. Veja que lição: “José lhes respondeu: Não temais. Por acaso estou no lugar de Deus? Certamente planejaste o mal contra mim. Porém Deus o transformou em bem, para fazer o que se vê neste dia, ou seja, conservar muita gente com vida”.

Quem confia que Deus é o Senhor da história e tudo que acontece está sob o seu comando tem capacidade de perdoar. Até um mal que é feito é recebido como oportunidade que Deus usará para o bem de todos.

Encorajo você a perdoar sempre, independente do que fizeram com você! É difícil? É. Mas não é impossível. Peça a Deus capacidade para tal.

Ah, uma coisinha só: não perdoar, é burrice, só faz mal a quem não perdoa. O outro nada sofre. Então, até por uma questão de inteligência, perdoe.

Dr. Deltan Dallagnol tem encontro com pastores batistas de São Paulo

Dr. Deltan Dallagnol com líderes batistas de São Paulo
com destaque para o Pr. Irland Pereira de Azevedo
O Procurador da República e Coordenador da Força-tarefa da Operação Lava Jato, Dr. Deltan Martinazzo Dallagnol, teve encontro nessa quinta-feira, dia 05 de abril, com pastores batistas do estado de São Paulo. A reunião aconteceu nas dependências da Faculdade Teológica Batista de São Paulo e, segundo fontes, a pauta foi o combate à corrupção.

Uma liderança presente é o Pr. Dr. Irland Pereira de Azevedo.

Matéria completa no blog ainda hoje!




Pr. Éber Silva se reuniu com o Presidente da Câmara Deputado Rodrigo Maia

Pr. Éber Silva conversa com o Deputado Rodrigo Maia
na presença de assessores
Ainda não se sabe a motivação do encontro que levou o pr. Éber Silva a encontrar-se com o presidente da Câmara, Deputado Rodrigo Maia.
O convite partiu do próprio presidente e, na presença de assessores, tiveram uma longa conversa sobre diversos assuntos.
Pr. Éber Silva tem sido convidado a ser candidato a Deputado Estadual este ano e pode ser que o assunto também tenha sido tratado no encontro.
Uma das pautas de Éber Silva, pastor da Segunda Igreja Batista de Campos e ex-presidente da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, é o combate à corrupção.

quinta-feira, 5 de abril de 2018

EXCLUSIVA! Presidente da Convenção Batista fala sobre a decisão do STF


"Não aceitamos mais que a Convenção Batista Brasileira exista sem participar e se manifestar diante dos desafios da sociedade".
 

Poucas horas depois da decisão histórica do Superior Tribunal Federal, nosso blog ouviu o Presidente da Convenção Batista Brasileira sobre a decisão e os desdobramentos que sua nota convocando os batistas para jejuarem e orarem em favor da nação.

Com a convicção de um profeta para este tempo, o Pr. Silvado respondeu sem qualquer restrição as perguntas com a cordialidade e rapidez de sempre.

Veja a seguir a entrevista:

Sua convocação aos batistas para jejum e oração sobre o dia de ontem criou um clima de aprovação e rejeição por parte de lideranças no brasil. independente do resultado, como está a cabeça do presidente agora?

Nós Batistas ainda não estamos acostumados com uma situação que nós estamos cobrando dos nossos líderes. Não aceitamos mais que a Convenção Batista Brasileira exista sem participar e se manifestar diante dos desafios da sociedade. Porém, quando nossos líderes se manifestam ficamos desconfortáveis, pois não estamos acostumados com isto. Para complicar o cenário,  muitos de nós desejamos que os líderes se manifestem de forma que “eu possa concordar 100%”!  Esta expectativa é uma impossibilidade. Não é possível manifestar-se em todos os temas, nem fazê-lo de forma que todos os batistas brasileiros concordem 100% em tudo.


"Não é possível manifestar-se em todos os temas, nem fazê-lo de forma que todos os batistas brasileiros concordem 100% em tudo".

O resultado da votação, ainda que o STF bem dividido, pode ser atribuído à vontade de Deus?

Se nossa teologia percebe Deus como Senhor da História, poderíamos dizer que ele está conduzindo os capítulos da História para atingir o seu propósito maior. 

Essa experiência é uma abertura para participação mais efetiva dos batistas na política brasileira, sem vinculação partidária?
Os Batistas sempre tiveram a prática e convicção de que deveriam orar pelas autoridades. O que estamos fazendo hoje é usar as mídias sociais para fazer isto. saímos das quatro paredes do templo

Considerações finais:
Nossa luta é para implantar o reino de Deus e promover justiça. Não podemos cair na armadilha de perder de vista que somos agentes de transformação, sal e luz!

Não há impossível para Deus - III


O impossível de Deus passa pela estrada da fé.

Experimentando grande aflição com o sofrimento imposto pelos caldeus, Habacuque ouviu de Deus: “Porque a visão é ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não tardará. Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas o justo pela sua fé viverá” - Habacuque 2.3,4.  

Ao contrário do que se pensa, a fé não é um instrumento para ser acionado quando se enfrenta problema e tudo se resolve imediatamente. É um dom ao ser humano para que ele descanse no controle que Deus tem de todas as situações e, independente do que venha acontecer, tudo no final dará certo.

Ter capacidade de esperar, sem saber quanto tempo, quando as circunstâncias são desfavoráveis é uma das maiores provas de fé na direção de Deus em todas as situações.

É a partir dessa experiência que o profeta Habacuque, tão veemente nas cobranças iniciais, passa a descansar no comando de Deus e, contrariando toda a revolta do primeiro capítulo, termina seu livro com louvor e adoração que, em outras palavras, se resume: “ainda que tudo esteja em desacordo com o que quero, eu terei alegria no Senhor”.

Isso, sim, é fé!

terça-feira, 3 de abril de 2018

O JEJUM

Pr. Dinelcir de Souza Lima*

Nos dias atuais tem sido dada uma ênfase muito grande entre os chamados evangélicos a um comportamento religioso que se convencionou chamar de jejum. A prática tornou-se motivo de proclamações em púlpitos ou de palestras pessoais e de anúncios em grandes veículos de comunicação que incentivam e conclamam pessoas a dedicarem noites, dias, semanas ou metades de dias ao jejum, sempre sendo apontado como um excelente meio de crescimento espiritual, conquista de poder pessoal e benefícios divinos. Ultimamente tem sido divulgado até como se fosse eficiente para a salvação de povos e sociedades de um modo geral. Tornou-se comum encontrarmos pessoas se vangloriando de serem muito espirituais e, até mesmo mais espirituais que outras pessoas, por praticarem sistematicamente o jejum. A prática deste tipo de sacrifício pessoal se tornou quase que uma obrigação para quem deseja alcançar algum tipo de bênção.
No entanto, seria mesmo uma verdade bíblica que o jejum nos possibilita maior espiritualidade, que nos torna mais santos, ou que faz com que Deus ouça melhor nossas orações? Ficar sem ingerir alimentos daria ao servo de Cristo maior poder espiritual? Os cristãos deveriam incentivar tais costumes criando grandes movimentos de jejum nas igrejas? São questões que podem e precisam ser discutidas e esclarecidas à luz dos ensinamentos de Jesus, que é o autor da nossa salvação e o nosso Senhor, e à luz de todo o contexto bíblico.

A ORIGEM DO JEJUM NO ANTIGO TESTAMENTO
Quando Jesus disse “e quando jejuardes”, estava se dirigindo aos seus discípulos, que eram judeus, e estava se referindo a um costume daquele povo que já vinha sendo praticado durante muitos séculos. Não estava ordenando que jejuassem mas estava regulamentando um costume que estava sendo praticado de maneira errada, considerando-se a origem do jejum entre os judeus.
Nas páginas do Velho Testamento não vamos encontrar o jejum com sentido principal de sacrifício pessoal, de penitência. O que vamos encontrar é uma ordem de Deus (e somente uma) para que o povo afligisse a alma  em apenas um determinado dia do ano, estabelecido pelo próprio Deus, o da expiação (Lv 16.29,30). A expressão hebraica usada para designar uma atitude que levava ao jejum era `anah nephesh, que significa literalmente afligir a alma (como exemplo ver Salmos 35.13; 69.10).
Na comemoração anual do dia da expiação (Lv 16.29,31; 23.27-32; Nm 29.7), um sacerdote administrava um sacrifício com sentido de expiação pelo povo, para purificação dos pecados. A aflição da alma seria exteriorizada pela não ingestão de alimentos (jejum em hebraico é tsowm, que significa ficar sem comer) e seria a manifestação de profunda tristeza pelo pecado de cada um e também pelo sacrifício do Cordeiro, porquanto o dia da expiação era o dia em que se praticava um sacrifício que simbolizava o sacrifício de Jesus, o Cordeiro de Deus, que haveria de vir como o Messias. Ou seja, ficar sem comer não era um ato religioso em si, porém a conseqüência de um sentimento de profundo pesar pelo sacrifício do Cordeiro e, conseqüentemente, por causa dos próprios pecados.

Pr. Dinelcir de Souza Lima
A INTRODUÇÃO DO JEJUM ENTRE O POVO DE ISRAEL COMO PRÁTICA RELIGIOSA
Até o nono século antes de Cristo o povo de Israel não praticava o jejum como ato religioso. Somente guardava o dia da expiação e, conseqüentemente, manifestava aflição da alma ficando sem alimentação e sem a prática de qualquer tipo de atividade (Nm 29.7).
O primeiro jejum que foi praticado como ato religioso, registrado nas páginas do Antigo Testamento, aconteceu no reinado de Acabe, no reino do Norte, por determinação de sua esposa gentia, pagã, idólatra, inimiga dos profetas de Deus, Jezabel. Diante da sua obstinação em tomar a vinha de Nabote para para que Acabe a pudesse possuir, Jezabel ordenou que fosse proclamado um jejum nacional sob a alegação mentirosa de que Nabote havia blasfemado contra Deus, ordenando que fosse apedrejado depois de ter sido acusado falsamente por dois filhos de Belial (1Rs 21.1-16). Ou seja, a terrível Jezabel foi quem convocou o primeiro jejum do povo de Israel, interligando-o com o nome de Deus como se estivesse praticando um ato de justiça divina, mas que era, na realidade, uma manifestação pecaminosa da sua malignidade.

OUTRAS COMEMORAÇÕES SISTEMÁTICAS DO JEJUM NO ANTIGO TESTAMENTO
Com o mesmo sentido de manifestação da aflição da alma, de profundo entristecimento, o povo judeu (do reino do Sul) passou depois a comemorar permanentemente, por conta própria e sem qualquer mandamento da parte de Deus ou conotação religiosa, mais quatro datas que recordavam quatro calamidades e que lhes causavam profundo sentimento de tristeza. Eram as seguintes datas e os seguintes fatos:

1. No décimo dia do décimo mês do ano
Comemoravam com muito pesar o dia em que o rei da Babilônia, Nabucodonozor, iniciou o cerco contra a cidade de Jerusalém (2Rs 25.1), com a finalidade de derrotar o povo judeu e leva-lo cativo. Para eles representava o início do sofrimento do cativeiro.

2. No nono dia do quarto mês do ano
Dia em que a cidade de Jerusalém foi finalmente tomada por Nabucodonozor (Jr 52.6-11). Se o cerco à cidade fora de muito sofrimento, mais ainda quando o rei da babilônia entrou na cidade, matou a muitos e cegou o rei Zedequias que lhes era muito querido.

3. No sétimo dia do quinto mês do ano
Dia em que foi destruído o templo de Jerusalém pelos babilônicos, comandados pelo rei Nabucodonozor (2Reis 25.8-10).

4. Em um dia não necessariamente determinado, do sétimo mês do ano
Dia em que Gedalias, que fora constituído governador sobre Judá por Nabucodonozor, foi assassinado por outro judeu chamado Ismael (2Rs 25.25; Jr 41.1,2)
Fora essas comemorações regulares de jejum no Velho Testamento, ainda encontramos narrativas de outras comemorações esporádicas (2Cr 20.3; Ed 8.21; Ne 9.1; Es 4.3; Dn 6.18; Jn 3.5), que sempre eram realizadas como manifestação de profundo pesar e aflição da alma, nunca como atos religiosos de santificação e busca de algum tipo de poder.

CARACTERÍSTICAS DO JEJUM (AFLIÇÃO DA ALMA) PRATICADO NO ANTIGO TESTAMENTO
Analisando estes exemplos de jejum no Antigo Testamento podemos concluir que era uma manifestação de aflição com as seguintes características:

1. O jejum era ser realizado espontaneamente como manifestação de tristeza (Jz 20.26; 2Sm 12.22)
Todo um exército entristeceu-se por uma derrota e manifestou sua tristeza jejuando ; um pai jejuou por entristecer-se com a enfermidade do filho.

2. O jejum podia expressar entristecimento pelo pecado e arrependimento (1Sm 7.6; 1Rs 21.27; Ne 9.1,2)
Estes exemplos se encaixam no sentimento que deveria prevalecer no dia a expiação, quando deveria existir o reconhecimento do pecado e o arrependimento.

3. O jejum expressava extrema dependência de Deus (2Sm 12.16-22)
O jejum não era praticado como elemento eficaz para conferir poder a uma coletividade, nem tampouco, de poder pessoal. Pelo contrário, quem manifestava seu entristecimento através do jejum, manifestava também a sua dependência de Deus (ver também Juízes 20.26).

DEUS CONDENOU O JEJUM PRATICADO COMO ATO RELIGIOSO
Um ato religioso sempre tem como objetivo fazer uma ligação entre o homem e a divindade. Deus sempre buscou o homem e o homem sempre desejou ter algum tipo de comunicação com Deus. Povos sem a crença no Deus único e verdadeiro têm as suas crenças em divindades imaginadas por homens e buscam, através de atos religiosos, uma ligação com suas divindades imaginárias. Quase sempre buscam esta ligação através de sacrifícios pessoais ou de outrem. O jejum é comum na maioria absoluta das manifestações religiosas de povos pagãos como ato de aperfeiçoamento espiritual que possibilitaria o contato com a divindade. O povo de Deus se deixou influenciar pelos costumes de povos pagãos e entrou por caminhos do paganismo, inclusive observando jejuns com a finalidade de fazer com que Deus atendesse às suas necessidades.
As palavras do profeta Isaías (Is 58.3-8) declaram que no seu tempo o povo judeu ainda preservava o conceito do jejum como manifestação de aflição da alma, mas que já praticava o jejum conforme seus próprios interesses (jejuavam e achavam seus próprios contentamentos) e que já praticavam o jejum com a finalidade de forçar uma ação divina segundo seus interesses pessoais (v.3). O jejum já dava margem para contendas e debates, e já dava margem para atos de impiedade, como se fosse veículo eficiente para fazer ouvir a voz diante de Deus (v. 4).
Deus não estabelecera a aflição da alma com nenhum destes propósitos e toda aquela prática era rejeitada por ele (v. 5). O que desejava para o seu povo não eram práticas que o obrigassem a agir, mas que o seu povo se libertasse da impiedade e de todo o jugo, e que praticasse o amor ao irmão pertencente ao mesmo povo de Deus (v. 6,7). O jejum, para Deus, não era simplesmente ficar sem comer, mas fazia parte de toda uma situação espiritual que deveria ser sincera para com Deus e para com o semelhante.

O JEJUM NO NOVO TESTAMENTO
Quando Jesus veio ao mundo, a prática de jejum já estava completamente desvirtuada. Tornara-se uma prática religiosa com um objetivo em si própria, deixando de ser conseqüência de sentimento de entristecimento. Tornara-se uma exigência que, dentro do contexto religioso estabelecido pelos líderes judeus, adquirira um sentido de purificação religiosa, de aperfeiçoamento espiritual e, até mesmo, tornara-se um elemento de exibicionismo pessoal. Foi dentro deste contexto que o Senhor Jesus instruiu seus discípulos a respeito do jejum.
Apesar de ser um costume entre os judeus, não encontramos no Novo Testamento qualquer ordem deixada por Jesus ou seus apóstolos para a prática do jejum. O que encontramos são referências à prática do jejum, como um costume que foi imposto pelos líderes judeus ao povo, de jejuarem no segundo e quinto dias da semana, e referências, também, a jejuns voluntários e individuais (Lc 2.37; Mt 4.1,2; 2Co 11.27) ou a jejuns coletivos (At 13.2; 14.23), mas nunca ordens de Jesus ou seus apóstolos para que os crentes em Cristo jejuassem.

OS ENSINAMENTOS DE JESUS A RESPEITO DO JEJUM
Há algumas palavras proferidas por Jesus quando estava repreendendo seus discípulos por não terem conseguido expulsar uma legião de demônios de uma pessoa, que é sempre utilizada por quem defende a ideia de que Jesus ordenou que o jejum fosse praticado por seus discípulos (Mt 17.21). No entanto, o leitor atencioso e bem intencionado observará que Jesus não estava ordenando a prática do jejum (até mesmo porque se ordenasse teria que definir que casta de demônios era aquela), mas estava apenas fazendo uma declaração específica, diretamente relacionada com aqueles a acontecimentos, em que seus discípulos tentaram expulsar os demônios apenas por disputa de poder com os fariseus (Mr 9.14-18). Uma disputa que demonstrava que os discípulos confiavam em si próprios, talvez por serem discípulos de Jesus.

A declaração de Jesus (não uma ordenança ou um ensinamento), de que aquela casta de demônios só poderia ser expulsa com oração e jejum (é importante observar a seqüência declarada por Jesus) deveu-se exatamente ao fato de os seus discípulos serem homens de pouca fé (Mt 16.20) e de não agir em favor da libertação do rapaz, movidos por um sentimento de tristeza. Para expulsarem os demônios precisavam ter fé em Deus, confiando somente nele - e a oração é a maior manifestação de confiança em Deus (Mt 6.6 e Hb 11.1), e precisavam estar profundamente entristecidos com a situação espiritual e física do rapaz, que era de terrível aprisionamento às trevas. O jejum, no pensamento de Jesus, era conseqüência de profunda tristeza, exatamente como Deus estabelecera no Antigo Testamento. Jesus não pensava como os líderes judeus ou o como o povo judeu pois eles eram marcados por costumes religiosos copiados do paganismo, como vimos anteriormente. Também não pensava como os “cristãos” pensam hoje a respeito do jejum, também marcados por costumes de religiões pagãs. Ele pensava como o Filho de Deus, como o próprio Deus que estabelecera o dia da expiação para o seu povo. Ele manifestou este pensamento quando foi procurado por discípulos de João Batista e, diante da indagação sobre qual seria o motivo de seus discípulos não praticarem o jejum, respondeu com uma alegoria, dizendo que os convidados para uma festa de casamento não poderiam ficar tristes enquanto o noivo estivesse com eles, mas que haveria o tempo em que o noivo lhes seria tirado e que, então, jejuariam (Mt 9.14,15). Observe-se como ele interligou a tristeza ao jejum. Que dúvida pode haver quanto ao fato de que Jesus, ao se referir ao jejum, se referia a entristecimento?

Na realidade, quando Jesus disse que aquela casta de demônios só poderia ser expulsa com oração e jejum, estava dizendo que só seria expulsa se eles tivessem fé em Deus e que a fé fosse manifestada através de oração com profundo amor ao semelhante. Amor que levasse a profunda aflição da alma por causa da situação do rapaz.

É certo, então, que não podemos utilizar este episódio do ministério de Jesus para afirmarmos que ele mandou que seus discípulos jejuassem. Então, o que Jesus realmente ensinou a respeito do jejum? 

Para compreendermos seus ensinamentos no Sermão do Monte precisamos nos reportar novamente ao texto de Mateus 9.14-17 e observarmos que Jesus, sendo o Filho de Deus, fora enviado como quem participara do estabelecimento do Antigo Concerto em que fora estabelecido o Dia da Expiação, e que fora enviado para estabelecer o Novo Concerto, com o seu sacrifício pessoal, representado no Dia da Expiação com o sacrifício de um cordeiro. Ou seja, em sua mente estava a aflição da alma por causa do Dia da Expiação simbólico do Antigo Testamento e a aflição da alma dos seus discípulos no Dia da Expiação real, o do seu próprio sacrifício, no Novo Testamento.

Quanto ao Novo Testamento ele sabia que a tristeza dos seus discípulos aconteceria no momento em que fosse tirado do meio deles para ser crucificado. Mas, certamente sabia que poderiam alegrar-se novamente por causa da sua ressurreição. Certamente que não caberia a aflição da alma para os seus discípulos, ao longo do período do Novo Concerto por causa da morte do Cordeiro de Deus, pois Ele ressuscitou e seu sacrifício nunca mais se repetirá. Também não caberia a aflição da alma pela ausência do Filho de Deus, pois ele prometeu que estaria com seus discípulos “todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20). O jejum, a aflição da alma, fazia parte do Antigo Concerto (tecido velho e odre velho) e não poderia fazer parte do Novo Concerto (tecido novo e odre novo). A aflição da alma era conseqüência de diversos atos de sacrifício que se repetiam no Antigo Concerto e aconteceria somente uma vez, como conseqüência de um único sacrifício no Novo Concerto. O vinho novo era o sacrifício definitivo do Filho de Deus e este sacrifício, como ato realizado, histórico, nunca poderia fazer parte do Antigo Concerto. Quem tentar fazer assim estará deteriorando, para si, o sacrifício de Jesus Cristo.

Sendo assim, podemos dizer que, mediante os ensinamentos de Jesus posteriores ao Sermão do Monte, é certo que ele não pensava no jejum como uma prática religiosa para conferir poder, santidade ou capacitação espiritual aos seus discípulos; que seus discípulos que andaram como ele e aprenderam diretamente dele, não jejuavam (Mt 9.14); e que ele nunca requereu ou requereria dos seus discípulos a prática do jejum, mesmo como aflição da alma. Esta é a nossa base para analisarmos o que Jesus ensinou no Sermão do Monte a respeito do jejum.

OS ENSINAMENTOS DE JESUS A RESPEITO DO JEJUM NO SERMÃO DO MONTE
Primeiramente precisamos observar que Jesus estava ensinando a respeito do jejum aos seus discípulos, que eram judeus. Como não poderia deixar de ser, Jesus considerou que seus ouvintes praticavam o jejum por serem judeus e por estarem, ainda, no período do Antigo Testamento. O Novo Testamento só seria estabelecido quando ele fosse crucificado, derramando o seu sangue, abrindo caminho a todos os que cressem nele para entrar na presença de Deus. Até lá, o dia da Expiação deveria ser observado por seus discípulos e, também, a aflição da alma. Sendo assim, tratou de esclarecer o assunto, tirando as tradições e as tendências humanas de suas mentes, restabelecendo o verdadeiro significado do jejum.

1. O jejum não deveria ser um ato superficial e hipócrita – Mt 6.16; Lc 18.9-41
Não deveria ser praticado conforme o modelo dos líderes judeus que gostavam que todos vissem que jejuavam, que fingiam tristeza através de uma aparência forçada, que gostavam de serem vistos como pessoas muito espirituais. O jejum deveria ter o seu sentido original de dependência de Deus, de humilhação perante ele, de aflição da alma e não ser praticado como um ato para o engrandecimento pessoal, de exaltação da religiosidade, ou para forçar Deus a agir em benefício de quem praticava este tipo de penitência.

2. O jejum deveria ser um ato individual e oculto – Mt 6.17,18
Deveria ser uma atitude interior, somente no coração do indivíduo. A expressão “unge a tua cabeça e lava o teu rosto” representa: penteia o teu cabelo e não fiques com o rosto desfigurado, de sofrimento. Jesus foi enfático em dizer: “para não pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai que está em oculto.” A tristeza pelo próprio pecado, pelo sacrifício de um ser inocente sem pecados, deveria ser algo real no coração do homem temente a Deus, que certamente veria o coração do seu servo.

A conclusão a que chegamos é que o jejum como ritual religioso com a finalidade de aquisição de poder, ou de santificação, ou de purificação espiritual, é um tipo de sacrifício pessoal que não é bíblico. É uma prática penitencial de muitas outras religiões, como por exemplo, do induísmo, do budismo, do jainismo, do catolicismo etc, e que sempre visam a purificação do espírito ou a conquista da salvação, e que não deve ser imitada pelo discípulo de Jesus Cristo, sob pena de substituir a confiança em Deus e, conseqüentemente, a dependência a ele através da oração e confiança na sua Palavra, por uma confiança em atos pessoais que nem mesmo dependem de fé, mas apenas de um esforço pessoal em cumprir determinados sacrifícios.

Jesus já foi sacrificado. Entregou-se por todos quantos crerem nele como Salvador, em um sacrifício só e que foi bastante e suficiente para nos purificar de todo o pecado. Um sacrifício que foi perfeito e, por isso, eficiente para nos conceder a vida eterna e um sacrifício que foi eficiente para nos trazer comunhão com Deus, o Pai. Ele prometeu que estaria conosco todos os dias, até o final dos tempos. Se ficarmos a jejuar, estaremos substituindo o sacrifício de Jesus por sacrifícios pessoais e estaremos indiferentes à sua presença em nossas vidas. Presença que nos concede a paz perfeita e a alegria da salvação.

*Dinelcir Souza Lima é Pastor Presidente da Igreja Batista Memorial de Bangu, Rio de Janeiro. É Diretor da EDIÇÕES VIDA EM CRISTO, Teólogo, Palestrante e Escritor,

Presidente da Convenção Batista Brasileira convoca os batistas a jejuarem e orarem pelo futuro da nação

Pr. Luiz Roberto Silvado
Em nota divulgado na noite de ontem, dia 2 de abril, o Pr. Luiz Roberto Silvado, Presidente da Convenção Batista Brasileira, convocou todos os batistas a se dedicarem à oração e jejum em favor da situação em que o Brasil está envolvido.
Indagado sobre "Temos uma nova postura de instituições sérias como a CBB na política brasileira. É um novo tempo em que as igrejas deixam as quatro paredes também nas questões dos destinos da pátria?", o presidente respondeu:
Temos entendido que somos cidadãos da pátria celestial e enquanto vivemos aqui também somos cidadãos da pátria na Terra. Exercer a cidadania é responsabilidade cristã. Isto deve acontecer com todo discípulo de Jesus independente da sua linha partidária ou sua ideologia política.

Íntegra da Convocação do Presidente da CBB:
Nesta quarta-feira, 4 de abril de 2018, os juízes do nosso STF terão uma oportunidade histórica para reafirmar o COMBATE À IMPUNIDADE em nosso país.
Considerando as sérias consequências da possibilidade do STF mudar novamente seu entendimento não permitindo mais o a prisão após condenação em 2a instância. Isto permitirá que, de imediato, pedófilos, traficantes, estelionatários, doleiros e corruptos fiquem em liberdade.
Considerando a polarização social e política existente no país, esta decisão terá o potencial de provocar turbulência entre os cidadãos de nossa nação.
Venho como presidente da Convenção Batista Brasileira, como pastor Batista e discípulo de Jesus convocar todos os batistas e cristãos brasileiros A JEJUAR E ORAR NA PRÓXIMA QUARTA FEIRA pelo futuro da nossa nação e pelos juízes do STF.
Unidos pediremos ao Deus dos céus que conceda sabedoria, entendimento e discernimento a cada um dos juízes ao declarar seu voto.
“... se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e curarei a sua terra.” 2 Crônicas 7.14
No amor de Cristo,
Pr. Roberto Silvado
Presidente da Convenção Batista Brasileira.

segunda-feira, 2 de abril de 2018

"Bolsonaro é a antítese de tudo que temos de pior politicamente no Brasil", declara Líder Batista.

Deputado Federal Jair Messias Bolsonaro - Foto: Estadão

Pr. Luiz Antônio Vieira
Um dos mais ardorosos defensores da pré-candidatura Bolsonaro, o líder batista, Pr. Luiz Antônio Vieira, atendeu ao blog numa entrevista exclusiva.
Sem pestanejar e usar do recurso politicamente correto, respondeu perguntas aparentemente desconfortantes para um líder de sua envergadura, considerando que já ocupou a diretoria da Convenção Batista Fluminense, da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil e da Convenção Batista Brasileira.


Após treze anos e meio do governo PT e o impeachment da Presidenta Dilma, o Brasil vive um clima bem quente na questão política. Como avalia todo o quadro?

Primeiro fazer justiça ao bom uso da terminologia, Presidente Dilma e não Presidenta Dilma, digo isto por que não chamo a Gerente do meu Banco de Gerenta e nem os alunos de uma escola são divididos entre Estudantes e Estudantas, por exemplo. Não creio que o fatídico clima político que vivemos tenha sido causado pela Presidente Cassada e até bem ao contrário disso, pois creio que a eleição dela já tenha sido resultado do fatídico caos político vivido no país e não por única culpa dela e sim com forte influencia do seu partido o PT e de seu padrinho político o ex presidente da República e agora já condenado no primeiro dos 5 processos, Luís Inácio Lula da Silva.

Há quem afirme que a Lava Jato apresenta erros e acertos. Qual a sua opinião? Quais os erros e acertos?
Os erros da Lava Jato, não são de Per Sí, mas, por serem vítimas de um sistema jurídico atrasado, caduco, frágil e corrompido. Os acertos vejo como o alto nível de comprometimento, qualidade, profissionalismo e mais que tudo, o patriotismo dos seus integrantes.

Em momentos como o que vive o Brasil sempre surge a figura do Messias, no caso de hoje, Jair Messias Bolsonaro. Que avaliação faz da possível candidatura e seu êxito?
Jair Bolsonaro, conquanto tenha Messias em seu nome, não se apresenta como Messias e nem como Salvador da Pátria. Talvez o destino lhe apresente um papel importante a despeito do seu nome. Vejo Bolsonaro como a alternativa viável para o momento político do Brasil tendo sido provocado pelo desgoverno da Esquerda em 13 anos, continuados este desgoverno pelo MDB de hoje, sendo um partido envolvido historicamente em corrupção. Bolsonaro não seria pensado para Presidente não fosse o estado caótico da política nacional.
Bolsonaro é a antítese de tudo que temos de pior politicamente no Brasil.

Em termos políticos, qual deve ser a saída para o Brasil?
A eleição de um novo presidente da República que tenha a necessária coragem de produzir uma total, ampla e irrestrita reforma política. Dentro do que for constitucional, reformar o STF, acabando com a nomeação política dos seus componentes. O Brasil precisa de um presidente honesto que não se submeta a ninguém a não ser a nossa carta magna, a Constituição.

Algumas ideias defendidas pelo Deputado Federal Bolsonaro, como pena de morte, não contrariam a mensagem cristã?
Não contraria. Jesus foi condenado à pena de morte, sujeitando-se a ela sem a condenar. Jesus morreu entre dois criminosos e não rogou por eles. Jesus deu ao criminoso arrependido aquilo que todo arrependido almeja, a vida eterna. A pena de morte legitimamente aplicada não contraria o cristianismo, é um modo de se fazer justiça.

Considerações finais.
Há esperança política para o Brasil, pois todo esse quadro caótico dos últimos anos despertou um senso crítico e político no povo de tal modo, nunca visto. A máscara de muitos políticos caiu e os partidos políticos foram nivelados por baixo.

Nota do Blog: A forma "presidenta" está de acordo com a norma culta da Língua Portuguesa.