quarta-feira, 15 de abril de 2015

Café com Cristo - Série no livro de Provérbios - Capítulos 8º ao 14


Provérbios 8
Incomparável sabedoria

Salomão teve oportunidade de pedir ao Senhor o que desejasse. Pensou e respondeu que seu maior desejo era ser sábio. E foi. Segundo os escritos bíblicos, o mais sábio de todos os homens.
Sabedoria é diferente de conhecimento. Este é conquistado pela informação, educação e se liga à escolaridade. Aquela, à capacidade especial dada por Deus, cremos, para caminhar nesta vida. Nem todo escolarizado é sábio. E nem todo sábio teve oportunidade para escolarizar-se.
O convite à sabedoria em Provérbios 8.6-11 é bem claro: “Ouvi, porque falarei coisas excelentes; os meus lábios se abrirão para a equidade. Porque a minha boca proferirá a verdade, e os meus lábios abominam a impiedade. São justas todas as palavras da minha boca: não há nelas nenhuma coisa tortuosa nem pervertida. Todas elas são retas para aquele que as entende bem, e justas para os que acham o conhecimento. Aceitai a minha correção, e não a prata; e o conhecimento, mais do que o ouro fino escolhido. Porque melhor é a sabedoria do que os rubis; e tudo o que mais se deseja não se pode comparar com ela”.
Que escolha você faz? Conhecimento ou sabedoria? Escolha esta, pois ela levará você a se interessar pela escolaridade. Mas lembre-se: só há sabedoria incomparável com Deus no programa.

Provérbios 9
Prazer temporário
Um menino pobre não tinha lanche para o recreio na escola em que estudava. Percebendo que na mochila do coleguinha tinha um lanche preparado, roubou-o e, estrategicamente, foi ao banheiro e comeu. Chegando à hora do recreio, o menino deu por falta do lanche e foi aquele alvoroço. Mas ninguém sabia quem era o autor do roubo. Contornaram a situação e, aparentemente, tudo foi resolvido.
Curioso que, a partir daquele dia, o menino que roubara o lanche não teve mais paz.  Em todos os momentos, algo lhe lembrava sua conduta errada. Não podia ver o outro menino, não podia ouvir sua voz, não podia ouvir citar o seu nome. Estando no recreio, sua alegria era tirada. Realizando uma prova, sua atenção era roubada. Brincando com os coleguinhas, seu coração tremia. Parecia tudo conspirar contra ele. Não suportando mais, chamou a professora e confessou. Foi perdoado e orientado a não fazer mais.
O ensino de Provérbios 9.17-18 é muito salutar: “As águas roubadas são doces, e o pão tomado às escondidas é agradável. Mas não sabem que ali estão os mortos; os seus convidados estão nas profundezas do inferno”.
Ao ser tentado se apropriar de algo que não é seu, levante a bandeira com o texto acima. Ela te ajudará a vencer o mal.

Provérbios 10
Verdadeira riqueza
Nosso pai sempre nos dizia que a verdadeira riqueza era poder colocar a cabeça no travesseiro e dormir tranqüilo. Sinceramente, não achava nada interessante sua tese, já que vivíamos em pobreza e outros em riqueza.
Passados quarenta anos, concluo que meu pai tinha toda razão. Não há riqueza maior do que esta: Provérbios 10.22-23 ensina isso: “A bênção do Senhor é que enriquece; e não traz consigo dores. Para o tolo, o cometer desordem é divertimento; mas para o homem entendido é o ter sabedoria”.
Somos influenciados por uma cultura que privilegia o ter. Prefere-se o ter e pretere-se o ser. Ser honesto, ser digno, ser cumpridor de deveres, ser sábio e ser correto perdem sentido quando não se tem dinheiro, fama e popularidade. Em sua busca desenfreada, o homem tenta satisfazer os desejos de sua inclinação para o mal com a aquisição de bens.
Ser próspero não é pecado, mas temos que refletir: 1º - Em que consiste a verdadeira prosperidade? 2º - Para sermos prósperos, quebramos princípios estabelecidos por Deus? 3º - Qual é o objetivo de nossa prosperidade?
Na pobreza ou na riqueza, sua vida só alcançará a verdadeira felicidade em Deus. Isso é a verdadeira riqueza.

Provérbios 11
Valores corretos
Sem dúvida, vivemos tempos de grandes inversões de valores. É uma casa suprema que libera marcha de maconha, de vadias e outras coisas mais. Temos que ser maduros para entender que todos podem expressar seus valores, mas devemos lutar para que eles não sejam invertidos.
Quando a sociedade preserva valores traz sobre si bênçãos. Quando os atropela, o mal se instala. É o que diz Provérbios 11.10-11: “No bem dos justos exulta a cidade; e perecendo os ímpios, há júbilo. Pela bênção dos homens de bem a cidade se exalta, mas pela boca dos perversos é derrubada”.
É verdade que há uma atração para o que é mal. Valorizamos demasiadamente a calúnia, a mentira e amplificamos o som das vozes que bradam o que não presta. Estamos na rota dos que invertem valores. E as conseqüências virão, é só esperar.
Encorajo você neste dia a lutar contra todo esse tipo de atitude. Oro para que você, ao tomar este café, tenha coragem de enfrentar a cultura predominante que valoriza o mal e semear o que é bom. Deus estará com você!
E lembre-se: com Deus, um é maioria! Ou tem mais poder que a maioria!

Provérbios 12
As aparências enganam
Um homem, de certa importância, precisou ir à determinada repartição e, ao se dirigir ao balcão e ser atendido por um funcionário, foi tratado com frieza. Vestia-se como gente comum. Passados alguns dias, retornou e, agora de paletó, foi recebido calorosamente pelo mesmo funcionário: “Pois não, doutor. Em que posso lhe ajudar?”.
Parece-me que Provérbios 12.9 ensina algo sobre: “Melhor é o que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se honra a si mesmo e tem falta de pão”.
Na Nova Versão Internacional está assim: “Melhor é não ser ninguém e, ainda assim, ter quem o sirva, do que fingir ser alguém e não ter comida”.
A Sociedade Bíblica Britânica registra assim: “Melhor é aquele que é estimado em pouco e tem servo, do que quem se engrandece a si mesmo, e tem falta de pão”.
E a versão católica: “Mais vale um homem humilde, que tem um servo, que o jactancioso, que não tem o que comer”.
Há muita gente que aparenta mais do que é e tem e há quem se mostra menos. Qual é o seu caso? É por isso que concordamos que as aparências enganam. Não viva segundo as aparências, viva como você é!

Provérbios 13
Rico pobre e pobre rico
Conheci um homem que andava com a calça rasgada, pé no chão, chapéu velho e não abria a mão nem para jogar peteca. Quem não o conhecia pensava tratar-se de um pobretão. Era rico.
Trabalhei com um jovem que tinha mais de vinte cintos, não repetia roupa em pelo menos 15 dias, usava os melhores perfumes. Quem não o conhecia pensava tratar-se de um ricaço. Não era pobretão, mas quando chegava o pagamento de sua função inicial no banco praticamente tudo era para pagar contas, algumas com juros de agiotagem
Provérbios 13.7 traz rico ensinamento sobre o assunto: “Há quem se faça rico, não tendo coisa alguma; e quem se faça pobre, tendo grande riqueza”. Outra versão diz: “Alguns fingem que são ricos e nada têm; outros fingem que são pobres, e têm grande riqueza”.
Duas leituras podem ser feitas: 1ª - o que parece rico e é pobre ou vice versa. 2ª - o que é rico mesmo sem ter bens e o que é pobre com muitos bens. Sinceramente, não sei qual é pior.
Riqueza e pobreza são dois conceitos muito abstratos. Por mais que se queira quantificar, não se consegue. Num local de extrema pobreza, quem tem um carro é considerado rico. Num local de grande riqueza, é considerado pobre.
Mas, se os conceitos são abstratos, o dono de todos, pobres e ricos, é concreto. Confie n’Ele, Deus é o dono de tudo.

Provérbios 14
De mulheres sábias o mundo sente falta
Parece-me, sem nenhuma conotação machista, que a mulher tem perdido o seu posto de rainha do lar. Parece notório que o homem evoluiu muito e é comum encontrarmos homens meigos, fazendo o que antes era impossível pensar e muito mais participativos na vida familiar.
Em contrapartida, parece-me, que a mulher, tendo como pano de fundo a conquista de espaços, diminuiu a sua importância dentro da casa, contribuindo decisivamente para que bases muito sólidas fossem desfeitas. Não sei se era o que Salomão antevia ao escrever “a mulher sábia edifica a sua casa, mas com as próprias mãos a insensata derruba a sua” - Provérbios 14.1.
É verdade que a responsabilidade de filhos rebeldes é do homem e da mulher. Mas, parece-me, a impressão que fica é que esse processo de degradação se acelerou com a escolha da mulher em partir para a luta, deixando o lar em segundo plano. É claro que não estou sugerindo retrocesso. Apenas identificando uma leitura que pode não ser a correta.
Sinceramente, sinto saudades do tempo em que a mãe era vista como rainha do lar. Hoje, é uma princesa, quando muito. Os filhos também sentem falta. Eles não querem uma burocrata, uma executiva, querem u’a mãe.

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