sábado, 6 de setembro de 2014

Lição da Escola Bíblica Dominical - A mordomia da prosperidade


Lição 10 - A mordomia da prosperidade

Texto Bíblico: Salmos 1.1-3

INTRODUÇÃO
Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores. Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo; as suas folhas não cairão, e tudo quanto fizer prosperará” (Sl 1.1-3).
            A prosperidade é uma legítima aspiração, um ideal que todo crente deve desejar e buscar até mesmo, para o progresso do Reino de Deus. Mas a prosperidade total, dentro da visão de mordomia total, é alcançar o progresso material e, simultaneamente, o progresso espiritual, sempre em reconhecimento à Soberania de Deus. Ficar estagnado não é próprio do cristão. Alienação não é mordomia.
O estudo de hoje tem como finalidade fazer-nos, refletir sobre a seguinte questão: Por que muitos crentes não prosperam em sua vida profissional? Discutiremos esse assunto com o intuito de que crentes e, consequentemente as igrejas, prosperem para a glória do Reino de Deus.
            Alguns dos principais motivos de estagnação de homens e mulheres que se consideram bons cristãos, podem ser facilmente percebidos dentro da igreja.

VISÃO DISTORCIDA ACERCA DAS ESCRITURAS SAGRADAS
            Muitos crentes pensam que os bens materiais são coisas do maligno e que prosperar, adquirindo bens e dinheiro, é pecaminoso. Esse fato se deve ao desconhecimento da Bíblia e ao temor de imitar a maioria dos ímpios nos seus métodos para alcançar a prosperidade. Como existem ímpios que prosperam com armas de injustiça, e aplicam os frutos da sua prosperidade, geralmente, na prática do pecado, o crente fica receoso, pensando que é impossível prosperar sem deixar a impressão de estar contaminado, ou mesmo sem se contaminar com a perversidade e a injustiça.
Cabe à igreja ensinar aos crentes que a prosperidade não é pecado, desde que sejam obedecidos os princípios éticos da Bíblia. O cristão deve entender que prosperar no seu trabalho, nos seus negócios, na sua profissão liberal, no seu empreendimento econômico, social ou cultural é fazer parte da prosperidade do seu país e do progresso da humanidade. Além de tudo, a sua prosperidade serve aos desígnios do Reino de Deus.

FALTA DE UM PROJETO DE VIDA
            A maioria dos crentes está interessada em crescer espiritualmente, mas não demonstra interesse em crescer no aspecto material, com a mesma consciência de fidelidade. Isso mostra a inexistência de um projeto de vida que inclua o progresso equilibrado, tanto na vida material quanto na vida espiritual. Falta-lhes um propósito definido para as suas próprias vidas em relação ao Reino de Deus. A igreja precisa prosperar. Existem muitas almas ao seu redor para salvar, há muitos necessitados a atender, há muito que consolidar na obra da própria igreja, e, para tudo isso, há necessidade de dinheiro.
A igreja não pode contar com recursos externos para atingir os seus objetivos, se não for através da prosperidade dos seus membros individualmente. A igreja precisa ensinar os crentes a planejarem sua prosperidade para o futuro, visando supri-la de maiores recursos para o efetivo cumprimento dos seus objetivos. Uma pesquisa com os membros da igreja poderá revelar o entendimento dos mesmos sobre o assunto. A partir dos resultados, a liderança poderá programar projetos que visem despertar os crentes para a necessidade de planejar o seu crescimento em todas as dimensões da sua vida. O Cristão não pode ficar estagnado!

FALTA DE CONFIANÇA NAS PROMESSAS DO SENHOR
            Muitos crentes dizem crer em Deus, porém vivem como se Deus não existisse. Malaquias 3.10 não é levado em consideração, não põe a sua fé à prova. É grande o número de crentes que não aceitam o desafio de Deus expresso em Sua Palavra. Para muitos crentes, “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro..., e depois fazei prova de mim,...” é apenas para ser lido nos cultos – isso, quando leem.
            É dever da igreja ensinar aos crentes como transformar a fé em vida. A fé não é apenas um corpo de doutrinas para ser decorado, mas um sistema de vida para ser posto em prática. . Quando se trata de vida espiritual, tanto quanto nos assuntos de saúde, trabalho, família, moradia, a fé precisa mostrar a sua eficácia.
            Como a igreja pode agir? Primeiro, insistir em doutrinar os seus membros quanto ao valor das promessas divinas. Segundo, aproveitar todas as oportunidades que os desafios do próprio trabalho apresentam, para levar o povo a orar e a confiar em Deus. Além disso, recordar os feitos de Deus na igreja local desde o seu início. Recordar os feitos de Deus nas famílias da igreja. Mostrar como as famílias prosperaram na saúde, nos estudos, nos negócios, no trabalho, na moradia e na vida espiritual. Quantos profissionais formados! Quantos pastores e missionários espalhados pelos campos! Quantas respostas às orações!

FALTA DE SUFICIENTE ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL
Muitas pessoas são obrigadas a escolher uma profissão inadequada, quer por imposição das famílias, quer por solicitações imediatas do seu meio social. Uma profissão é inadequada, quando:
– Não corresponde às habilidades, à capacidade ou à vocação do indivíduo;
– Não é suficiente para prover os meios de subsistência do indivíduo e de sua família;
– Não oferece oportunidade para uma realização pessoal, em termos de ideal social ou de criatividade pessoal;
– Não combina com a consciência religiosa do indivíduo.
Como a igreja pode ajudar? Primeiro, a igreja pode ajudar os adolescentes e os jovens na escolha de uma profissão adequada, mediante testes vocacionais, orientação pastoral, estudo bíblico e oração; segundo, oferecendo auxílio e treinamento para que as pessoas que estiverem exercendo uma profissão inadequada possam mudar de ofício ou suplementar a receita familiar com outra ocupação; e, terceiro, oferecendo orientação para que cada profissional possa extrair da sua profissão o máximo rendimento possível.
Com esse fim, a igreja pode promover palestras ou cursos diversos sobre técnicas agrícolas, comercialização de produtos diversos, tais como roupas, cosméticos, doces e salgados e orientações sobre leis trabalhistas. Se os crentes prosperarem em sua vida profissional, sem a ajuda da igreja, será muito mais difícil para eles, entenderem que a sua prosperidade tem qualquer coisa a ver com a igreja, nos seus resultados. O fato é que os crentes que prosperam em sua vida profissional sem a ajuda da igreja, geralmente, esfriam na fé e acabam caindo em desânimo.
                                         
FALTA DE DISPOSIÇÃO PARA O TRABALHO       
            Por trás de toda a prosperidade real, sempre há trabalho. Alguns irmãos da igreja em Tessalônica parecem ter interpretado mal as palavras do apóstolo Paulo em sua primeira epístola. Tudo leva a crer que o pensamento deles era o seguinte: “Se Jesus vai voltar logo, por que trabalhar?” Então, começaram a andar de casa em casa, comendo e bebendo à custa dos outros irmãos.
Geralmente, as pessoas que não gostam de trabalhar, gostam de viver bem: conforto, boas comidas, aparência de luxo, o que as leva ao jogo de azar, à delinquência, frustração ou neurose. Para esses tais, Paulo diz: “Ordenamos e exortamos por nosso Senhor Jesus Cristo que, trabalhando sossegadamente, comam o seu próprio pão” (2Ts 3.12). Essas pessoas precisam ser ajudadas, e ninguém pode ajudá-las melhor do que as nossas igrejas, a descobrir uma nova motivação para o trabalho e para a vida, compreendendo que trabalho é uma arma que o cristão deve utilizar para testemunhar de sua fé, e não apenas como um meio de prover a sua subsistência.

CONCLUSÃO
            O mordomo cristão tem todas as condições para prosperar em sua profissão, no seu investimento, na sua empresa, porque: Em primeiro lugar, ele tem a fé nas promessas de Deus, que age em seu favor, abrindo a sua mente para aprender e progredir no seu ofício, movendo os acontecimentos para abrir portas de oportunidades diante dele, dando-lhe saúde e paz para trabalhar. Segundo, porque não tem vícios morais que contaminem sua saúde física, nem que lhe roubem a tranquilidade de consciência ou que signifiquem uma sociedade com o inferno, que sempre cobra a sua parte com altos juros. Em terceiro lugar, ele tem um motivo acima de si mesmo, acima de suas possíveis falhas, limitações e fracassos; ele tem um alvo a perseguir: a glória de Deus. Além dessas três razões, ele tem a ajuda de uma família bem estruturada sobre bases morais sólidas e confiáveis, onde a suspeita não lhe rouba o sono, os conflitos não perturbam a sua paz para trabalhar; e uma igreja que o ajuda com seu amor, com suas orações e com o seu companheirismo.

PARA REFLETIR:
Se um crente pode prosperar na vida material, sem prejuízo da sua consciência, nem da sua família, nem da sua fé, e não o faz, ele simplesmente está sendo infiel em sua mordomia.

Leitura diária:        
Segunda – Isaías 3.1-10
Terça – Jeremias 17.7-10
Quarta – 2Tessalonicenses 3.6-14
Quinta – 1Coríntios 5.2-13
Sexta – 1Tessalonicenses 2.1-12
Sábado – 2Coríntios 3.1-5
Domingo – Gênesis 39.1-5;20-23

Fonte: Revista Palavra e Vida da Convenção Batista Fluminense
Autor da Lição: Pr. Nathanael Pedroza Corsino

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