sábado, 22 de junho de 2013

Líderes comentam sobre as manifestações - IV

    Hugo Viana*
Diga ao povo que marche!

"Dize aos filhos de Israel que marchem." (Êxodo 14:15 - b)

O Brasil vive um momento histórico, onde, depois de muitos anos, a população sai às ruas para soltarem suas vozes e clamar por melhorias e condenar o método sujo, com que os políticos e as políticas atuais têm tratado a sociedade, principalmente os menos favorecidos.

Há muito não se via um movimento tão grandioso de repúdio ao que tem acontecido no Brasil. E qual é o papel da Igreja nisso tudo? A Igreja deve se envolver?

Por acaso as pessoas que fazem parte das Igreja também não são cidadãos dessa nação? Por acaso eles não são afetados pela descaso na saúde, na educação e na segurança? Certamente são! Então, faz-se necessário a participação da Igreja nesse movimento de mudança, pois o papel da Igreja é ser agente de mudança na vida de pessoas. A Igreja está focada apenas no espiritual do indivíduo, só que muita coisa está envolvida. A Igreja tem que ser a voz dos que não têm voz! Lutar por políticas eficazes, saúde, segurança, educação de qualidades para esses. Lutar pelo direito de vida digna em sua plenitude. Afinal, não é seria a "função" da Igreja, como nos orienta São Tiago?

Estive em 5 manifestações, até o momento, e vi muitos cristãos, principalmente jovens, marchando, gritando e reivindicando seus direitos. Foram momentos únicos e marcantes na minha vida, pois descobri que o país tem solução. Motivados pelos versos do hino nacional, mostramos que um filho da pátria não foge à luta!
Como bem frisa a Convenção Batista Brasileira, a nova geração deve ser valorizada. Não apenas institucionalmente, mas em tudo, pois como foi nos orientado pelo próprio Jesus, na epístola primeira de São João, capítulo 2, verso 14.

Ir à rua lutar pelo direito comum, é um modo de demonstrar o evangelho de Cristo. Viver o evangelho. Ser imitador de Cristo. Estamos mostrando que o cristão não é alienado e não somos "cabeças-fechadas". Lutamos por um Brasil justo e digno.

Temos que nos lembrar do versos do nosso hino da independência:
"Brava Gente Brasileira
Longe vá medo servil;
Ou ficar gente livre,
Ou morrer pelo Brasil.
Ou ficar gente livre,
Ou morrer pelo Brasil".

Oração: "Igreja que não protesta, não é protestante".

*Secretário da JUBERJ - Juventude Batista do Estado do Rio de Janeiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário