sábado, 21 de julho de 2012

A maior surpresa da eternidade

Na Inglaterra de muito tempo atrás, um membro da nobreza era cego. Mesmo assim, uma bela moça se apaixonou por ele. O grande desejo do coração do nobre era ver o rosto da sua amada, mesmo porque não eram poucos os que elogiavam a beleza da jovem. Movido por esse desejo, o nobre conseguiu que um médico tentasse a cirurgia que poderia lhe devolver senão toda, pelo menos parte da visão. De um modo dramático, a remoção da faixa sobre seus olhos foi marcada exatamente para o momento da cerimônia do casamento. O noivo entrou na igreja ao lado do pai, como era o costume da época. Quando ele chegou perto da noiva, o médico adiantou-se e fez a retirada da faixa como combinado.
Pela primeira vez, o noivo contempla a sua noiva. E o faz demoradamente. Era sonho? Era realidade? E com os seus olhos podia agora confirmar aquilo que tantas vezes ouvira dos amigos: a beleza de sua noiva era mesmo enternecedora. O que lhe contaram não foi sequer a metade.
A missionária Rosalee Appleby (1895-1991), que contou essa história em seu livro Ouro, Incenso e Mirra (2a. ed., 1943), comenta: "Um dia, o anjo da morte retirará de nossa alma o véu que a encobre, e a deixará voar livremente. Abriremos os olhos na presença do Rei, e contemplaremos a Sua formosura. Vê-lo-emos como Ele é, face a face, na Sua glória maravilhosa!" (Meditação de 15 de janeiro).
No final do belo capítulo que escreveu sobre o amor, Paulo diz: "Porque agora vemos por espelho em enigma, mas então veremos face a face; agora conheço em parte, mas então conhecerei como também sou conhecido" (1Co 13.12). O poeta se antecipou em cantar: "Sim, há de ser glória pra mim, glória pra mim, glória pra mim. Quando puder o seu rosto mirar, sim há de ser grande glória pra mim".
Será grande glória para você?
Pr. João Soares da Fonseca
jsfonseca@pibrj.org.br

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