segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tony Godoy fala sobre missões e política


Tony Godoy, nascido ANTONIO CARLOS, casado  com Fernanda Gomes há 18 anos e meio e pai de dois filhos, Lucas de 18 anos, universitário da Estácio no curso de engenharia civil, e Millena, 14 anos, estudante. Membro da Igreja Metodista Betel desde 1992. Fez Comunicação Social na UVA, trancando o curso de jornalismo no quinto período por falta de tempo para conclusão.

Fale nos sobre a viagem missionária recente. 
Recebi um convite do Secretário de Esportes de Arraial do Cabo, Henrique Barreto, para fazer missões na Selva Amazônica depois de apresentar o "Arraial Gospel", realizado por ele. Henrique, homem de Deus, disse que o Senhor teria algo grande pra minha vida se eu aceitasse o convite, e que experimentaria coisas grandes após esta experiência. Não pensei duas vezes e encarei o desafio, levando comigo minha esposa que tem sede pelo social e ajudar as pessoas. Henrique já havia feito missões no Haiti e sua experiência foi fator preponderante para minha decisão. Já existem viagens marcadas para o Haiti, Maranhão, Bolívia, Somália e Etiópia. Mas antes vamos, ainda este mês, evangelizar na favela da Rocinha no Rio de Janeiro. Amo missões, preciso encontrar tempo.

Qual foi a realidade encontrada? 
Ao chegar em Manaus eu pude perceber muitos contrastes; Desde o aeroporto até as palafitas... Desde a obra gigantesca do Governo Federal, com a construção da linda ponte sobre o Rio Negro até o descaso com a população ribeirinha, muita coisa para olhar, admirar e sobretudo a realizar. Onde estivemos, Caviana, Repartimento de Tuiué e Vila do Jacaré notamos que o povo e carente mas alegre, dentro de suas limitações ou falta de conhecimento; muitos sequer conhecem a capital ou jamais saíram dos vilarejos. Falta de saneamento básico, água potável, e saúde são  as carências mais prementes. É preciso agir, e rápido. Lembro de um menino de 12 anos que foi mordido por uma cobra surucucú e ainda, depois de um mês, agonizava com a perna toda infeccionada à espera do nosso barco hospital para um simples curativo. Lugares onde a convivência com urubús é algo normal.


Como surgiu esse interesse missionário?
O interesse surgiu como falei, do testemunho sobre o Haití dado pelo Henrique Barreto. De lá pra cá muita coisa foi entrando em minha cabeça e o desejo é de não parar mais... Sou um missionário, graças a Deus. Ide e pregai.

Como você analisa hoje o povo evangélico? 
A Igreja inchou. O povo de Deus vive misturado a muitos "amigos do evangelho" e "refugiados do medo". Existe uma igreja no meio da igreja, um povo no meio desse povo que ainda não se curvou ante os prazeres deste mundo e que levam o evangelho a sério. Outros são crentes sazonais. Até quando chegar o próximo verão. Em vez de entrarmos na Guerra contra o diabo, preferimos observar a batalha entre Macedo e Valdemiro e isso é lamentável... Perderam o alvo de vista.

Sua visão sobre a juventude de modo geral.
A nossa juventude está na pista. Quando abnegados lutam para que eles tenham uma opção, uma escolha, tudo funciona e Jesus sempre é a opção. A Betel por exemplo tem uma juventude muio ativa, com eventos acontecendo a todo tempo e com empenho máximo de jovens que sobem a monte e buscam a face de Deus. Será realizado um acampamento na Igreja Presbiteriana e não há mais vagas... É por aí. Tirar os jovens da ociosidade e apresentar a Jesus como a "grande onda" é o que tem que ser feito. No Amazonas uma menina de 14 anos estava grávida de seu segundo filho e pedindo oração para que seu segundo marido a tratasse diferente do primeiro. Uma criança, sem opções, sem verdades, perdida em seus próprios conceitos. Temos que criar uma geração que avance, com opções e armas de conquistas e não meros expectadores do evangelho. Consolidar é preciso.

A entrevista não é política, mas não podemos fugir: você será o locutor oficial da campanha de Alair Corrêa?
Pastor, ainda não tive uma reunião com Alair Corrêa, como não tive com o Silas e muito menos com Janio ou Paulo César. O Alfredo nunca me convidou para um café. Estou na expectativa. Faço parte de um grupo e tenho uma visão meio diferente de povo. Minha história não será finalizada debaixo de meias verdades porque a mentira não faz parte do meu vocabulário. O pai dela é o diabo. Não subirei, em hipótese alguma, em um palanque para pedir votos para quem eu sei que vai enganar o povo. Disso tenho certeza.

Considerações finais.
Quero agradecer ao interesse do pastor sobre a viagem missionária de deixar explícito o que a bíblia diz: Atos 5.29: “… Mais importa agradar a Deus do que aos homens.” Quero deixar isso bem claro. Pode ser minha última campanha política mas não será minha última missão para Deus. Fique em paz!

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