segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

A FIFA deveria anular a final do mundial

            Por conta de uma enfermidade, não estive no templo domingo de manhã, dia da final do mundial entre Santos e Barcelona. Assim, pude ver a partida. O 1ª tempo, na íntegra. O 2°, parcialmente, pois participei do culto pela internet. Na madrugada de segunda, vi o final em reprise.
            Não sou cronista esportivo, mas arrisquei-me a escrever sobre. De repente, para você, é o maior besteirol.
Assim que terminou a partida, pensei: esse jogo deveria ser anulado pelas seguintes razões:

1ª - O Barcelona não é deste planeta. Ou, no mínimo, os jogadores são prestidigitadores, ilusionistas. Mas fazem isso com os pés, a cabeça, as coxas, o peito, com verdadeira ojeriza a canela. Com as mãos, só o goleiro, assim mesmo raramente. Havia momento que nem a gente conseguia ver a bola, isso é coisa de mágico, sobrenatural.

2ª - O Barcelona entrou em campo, no mínimo, com 22 jogadores. Parecia ser mais. Era impressionante, em todas as partes do campo, havia dois, três e até quatro jogadores. Num momento, dividi mentalmente o campo em oito partes. Um lance rápido. Foi surpreendente, em cada parte havia de quatro a seis jogadores. Isso não é permitido.

3ª - O Barcelona não vai a campo jogar futebol. Ao adentrarem as quatro linhas, eles querem dar show. Isso não é para estádio, sim, em teatro, casa de cultura, espaços de arte, centros de convenções, ginásios. Estádio é lugar de xingamentos de jogadores e técnicos, botinadas, faltas violentas, carrinhos tipo voadoras, cusparada em rosto de juiz, técnicos descontrolados.

4ª - O Barcelona não tem como objetivo fazer gol. O que é a essência do futebol e a alegria dos torcedores é desprezado pelo time. Não escalam atacante, um matador. Todo time tem que ter, pelo menos, dois. Isso é um desrespeito às táticas dos treinadores, principalmente brasileiros. Sinceramente, nem sei como fazem tantos gols. Imagino que pensam assim: a maneira que temos de dar uma parada para rir um pouco é ultrapassar a bola debaixo daquelas hastes vertical e horizontal, preferencialmente bem devagar não ferindo ou sujando a rede.

5ª - O Barcelona não é um time de futebol, é uma orquestra. A bola não é instrumento para ser chutado, é para ser tocado. Para ser honesto, acho que vi dois chutes, o resto era toque. E toque. E toque. E toque... Ora de maneira lenta, ora ritmado, ora pra frente, ora pra trás, ora pro lado direito, ora pro lado esquerdo, de três dedos, de um dedo, de seis dedos. E tudo isso harmônica e afinadissimamente, sem reclamações, sem xingamentos. Ah, fala sério, não são jogadores de futebol, são músicos, artistas. Acho que nem em concerto se consegue dar mais de 700 toques.
            Já que não acontecerá a anulação da partida, pensei numa forma para vencer o Barcelona: o tempo da partida seria de 270 minutos. A cada 90, entraria outra equipe, mas o Barcelona continuaria. Imagino que após 200 minutos eles cansariam e poderiam ser vencidos, pois não se cansam com 90 minutos.
            Ah, em tempo: só vi jogar assim duas equipes: o Flamengo de Zico e a canarinho de Telê, nem o carrossel holandês era igual.

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