sexta-feira, 28 de outubro de 2011

E a família, vai tudo bem?

É comum nas saudações a pergunta ‘e a família, vai tudo bem?’. Mecanicamente, respondemos ‘sim, tudo bem’. E em certa perspectiva, vai tudo bem mesmo! Ficar derramando problemas sobre as pessoas não é uma boa prática. Por outro lado, não é para todo mundo que se expõe problemas. Há gente ávida por saber da vida alheia. E, via de regra, conta para a torcida do Flamengo. Sem falar nos que incluem a torcida do Corínthians. Se fosse para a torcida do Botafogo, ainda bem! Muitos problemas seriam evitados se orássemos em vez de informarmos situações adversas.
Particularmente, respondo ‘tudo bem’ na maioria esmagadora das vezes. Minha irmã mais velha, que me ajudou muito no período de Seminário, dizia que não adiantava me perguntar sobre nossos pais - moravam distantes 300 km e, mensalmente, visitava-os - porque depois ela ficava sabendo de algo diferente. Não achava relevante destacar uma alteração de pressão, uma gripe ou algo parecido. Até porque tinha passado e, de mais a mais, nem ela nem eu somos médicos. Por vezes, respondo que tudo está bem e Ilcimar está com crise de sinusite e João Marcos e Raquel com alguma alteração na saúde.
Imagino que não faço isso por frieza ou desinteresse às partes. Um fato: em 1986, saindo do Acampamento Batista de Rio Bonito, com 11 meninas da MR e uma líder, depois de um Congresso abençoado, colidiu nosso carro com outro que invadiu a preferencial. Uma tragédia se não acontecesse o milagre de todos os nossos vivos. Pastor Judson Garcia Bastos, pregando no culto de gratidão, contou que, sendo o primeiro a chegar ali, perguntou ‘Neemias, que houve?’. Ouviu a resposta: “Tá tudo bem, pastor!”. Sinceramente, não me lembro, mas ele testemunhou e foi uma ênfase de sua mensagem.
É possível na vida da família, do ponto de vista humano, não estar tudo bem. Pode ser a doença alcançando o pai querido, a mãe insubstituível, o filho amado, a filha delicada, o esposo companheiro, a esposa fiel, os avós inesquecíveis, os netos paparicados (ou vovoricados?). O desemprego para o membro que tinha a maior fonte de renda da casa. O filho que, desobediente, busca outros caminhos que não os do Senhor. Mas é possível, mesmo assim, acreditar ‘tá tudo bem’. O hino esquecido dizia ‘com Cristo no barco, tudo vai muito bem... e passa o temporal’. Creia, o temporal vai passar.
É um momento de temporal? - Conte para Deus. O hino 345 CC orienta: “A Jesus Cristo contarei tudo/ que haja em meu peito a me perturbar/”. - Procure crentes comprovadamente piedosos, com frutos verdadeiros e busque ajuda em oração e conselhos. - Prossiga, servindo ao Senhor com alegria - Salmo 100.1-2. - Persevere e nunca desista. - Avalie se há alguma área da vida familiar que precisa ser restaurada e falha a ser reparada.
Por fim, quando perguntarem ‘E a família, vai tudo bem’, observe quem pergunta e, então, responda: “Vai tudo bem, obrigada!” ou “Não, não está tudo bem, preciso de ajuda!”. Se desejar compartilhar com quem não conta nem para a torcida do América, estou aqui! Deus te abençoe!

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