terça-feira, 28 de junho de 2011

Do blog http://abolicaodomedo.blogspot.com

SOB A PROTEÇÃO DE DEUS

     Mt 22.19-20  E ele diz-lhes: De quem é esta efígie e esta inscrição? Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus.
A CÉSAR, TUDO. E A DEUS, NADA?
    A Constituição da República Federativa do Brasil foi promulgada sob a proteção de Deus. O Estado é laico, mas os princípios bíblicos que se emanam de Deus, criador dos céus e da terra e Senhor nosso, norteam todo o escopo da Lei Maior da nação brasileira.
     Alguma dúvida? Leia o magnífico preâmbulo da Constituição Federal de 1988:
"Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assembléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL."
    O artigo 226 da CF diz que “para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão.
    Esta seria a norma que o juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública Municipal e Registros Públicos de Goiânia, Jeronymo Pedro Villas Boas entendeu inviolável.
    Daí, não ser nada simpático (para não dizer repudiável) que qualquer minoria, ou tampouco o douto Supremo Tribunal Federal (guardião da Constituição), se reserve o direito de mudar o curso da história e violentar o fundamento (proteção de Deus) que rege os princípios da nação brasileira.
     Também não é nada agradável que o Juiz Villas Boas, pastor da Assembléia de Deus, que, no exercício de sua função se limitou a respeitar e fazer cumprir a Constituição Federal, sofra qualquer punição pela defesa que fez da Constituição Federal (desprestigiada, sim, pelo Supremo Tribunal Federal).
     O Brasil, nação que enche de orgulho os brasileiros (com algumas raras exceções), em razão da harmonia e respeito entre as mais diferentes classes sociais e religiosas, está à deriva porque os atuais detentores do poder se aventuram na superposição de uns em detrimento de outros, com indicações sérias de que a paz social está prestes a sucumbir diante da fomentação de  conflitos que só servem para evidenciar as diferenças e promover a discórdia entre irmãos.
    O governo deveria perceber (e o Congresso nacional, também) que, assim como o Estado não quer que a igreja se intrometa nas questões de governo, também, a igreja não quer o Estado se intrometendo nos princípios e crenças bíblicos.
      O que se deseja nesse Brasil é a mantença da base constitucional onde se prima pela liberdade, com responsabilidade, em toda a sua plenitude, inclusive a religiosa e de expressão do pensamento.   

1 comentários:


Diogo Carvalho disse...
É isso mesmo! Oremos para que a nação continue mesmo "sob a proteção de Deus", antes que o Supremo Tribunal Federal, em mais uma de suas interpretações poéticas e parajurídicas, passe a entender que esse "Deus" que aparece no preâmbulo da Constituição Federal é qualquer coisa ou, pior, o próprio homem.

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