terça-feira, 12 de abril de 2011

UM FILHO COM DOWN ENSINA SUA MÃE A VIVER

É bem conhecida a historia de dona Jô, ou Jolinda Garcia dos Santos Clemente, fundadora da Apae de São Paulo. Sua dedicação em favor dos excepcionais começou quando lhe nasceu Zequinha, portador da síndrome de Down e que chegou aos 52 anos de idade. 
Numa entrevista, dona Jô fala das mudanças de conceito em relação ao especiais. "Quando a Apae foi fundada, a sociedade tinha por norma esconder a criança deficiente. Hoje, existem artistas com síndrome de Down nas novelas, no cinema. Nós, da Apae, sofremos uma resistência muito grande, a começar pelos pais que sentiam medo de expor seus filhos. Hoje, dá satisfação ver mais de 400 moças e rapazes incluídos no mercado de trabalho".
Ela sonha que as pesquisas se desenvolvam para evitar a fecundação de óvulos que carreguem a síndrome de Down. "Por que não uma pílula que torne mais pesado o óvulo com a síndrome e o impeça de ser fecundado pelo espermatozóide?"
Tocante, a vida de dona Jô.
Tocante, o modo como ela vive hoje, aos 85 anos de idade. Ela cuida do marido, de 90 anos, que está senil. "Nós temos um amor que já dura 70 anos. Fizemos bodas de tudo, de ouro, de diamante. Apesar da situação, ele olha para mim e sorri. A paciência que o Zequinha me ensinou está me servindo agora".

Israel Belo de Azevedo

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