sábado, 19 de fevereiro de 2011

UM PAI TOMA A FILHA PELA MÃO


A menininha, aí com seus seis anos de idade, encontrou uma bolada de dinheiro na rua.
Levou para o pai.
-- Achei.
O pai tomou-a pela mão, procurando pela redondeza por alguém que tivesse perdido alguma coisa. A cada "não" como resposta, a menininha imaginava os passeios, os parques, os sorvetes, os brinquedos, as roupas, as contas que seu pai poderia pagar. Era muito dinheiro.
Como não apareceu o dono, o sorriso se abriu: a alegria se aproximava.
O pai pegou o dinheiro da sua mão.
Pegou a filha de novo pela mão.
-- Onde você encontrou isto? Vamos até lá.
-- Para que? -- Pensou, sem ousar perguntar.
Alguns longos metros caminhados, ela se vira para o pai, ainda sem saber o que ele faria:
-- Foi aqui, pai.
-- Então, deixa aí onde você pegou. Você não pode pegar o que não é seu.
A hoje senhora e mãe conta agora:
-- Na hora, eu não entendi. Eu chorei muito. Tantos sonhos foram enterrados naquele momento. Demorei, mais compreendi que o meu pai queria me ensinar caráter.
A lição ficou para sempre.
Desejo-lhe um BOM DIA. 
Israel Belo de Azevedo

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