domingo, 2 de janeiro de 2011

Sobre o anunciado oba, oba da Junta de Missões Nacionais - Parte I

         Soube que houve grande repercussão um comentário que fiz no grupo Vigiai. Para que se situem, iniciou-se uma discussão inócua, cujo destaque era afirmar que o trabalho na Cracolândia era um oba, oba.
          Minha primeira intervenção foi: “Queridos, não estou muito propenso a discutir este assunto, mas não posso me calar de um comentário: pelo menos, agora, a JMN é criticada por fazer, não por deixar de fazer e ainda ter problemas financeiros. Abraços”.
          Respondendo ao pr. Wagner Araújo, de São Paulo, que argumentava ser um erro o trabalho, escrevi: “Caro Wagner, meu amigo, é melhor errar tentando fazer do que não fazer. Antes, criticava-se a JMN por não fazer. Agora, vemos um verdadeiro tsunami de trabalho, e criticamos. Não sou advogado da JMN, mas não é só Cracolândia, basta ver as Trans... Agora, em minha leitura, vocês estão criando mais problema com uma informação de uma Associação que pouquíssimas pessoas tinham ouvido falar. Alguma falha houve! E outra coisa: às vezes é mais difícil prosseguir com alguma coisa já iniciada do que criar outra! Abraços”.
          Com a insistência de alguns em afirmar que era oba, oba e argumentação contrária de outros, postei: “Queridos, acho também que o trabalho é oba, oba. Veja o caso de Elaine, minha cunhada. Recém formada em Psicologia, relutava em atender um chamado para missões. Com um ano de trabalho numa Prefeitura no estado do Rio, como Psicóloga, como diretora de pequena Escola Batista, com um convite para trabalhar em outra Prefeitura próxima, como Psicóloga, bonita, inteligente, resolve ir ao Radical Brasil e dar um pouco de seu tempo para a obra missionária. Depois do treinamento, vai para a Cracolândia lidar com gente toda arrumadinha, cheirosa, delicada, atendendo todos os padrões sociais e se apaixona pela obra. Decide não voltar mais. Sabem quanto ela ganharia nos serviços alistados acima? Em torno de R$ 5.000,00. Um pormenor: tudo isso contra a vontade de seu pai! Eu acho que é oba, oba... Não sei de quem, mas que é, é! Abraços”.
          Surpreendente foi o comentário do Pr. Celso Godoy, Coordenador Estratégico de Missões para Grupos Específicos da Junta de Missões Nacionais: “Amado, fico impressionado com sua posição. O irmão acha, sinceramente, que é mais importante o que ela ia ganhar como psicóloga do que atender ao chamado de missões? Conheço sua cunhada, e posso garantir que ela tem sido uma benção no trabalho desenvolvido na quele lugar. Até entenderia esta posição partindo de alguém que não tem intimidade com o evangelho, mas, vindo de um pastor? Deixe-a seguir sua missão, segundo aquilo que Deus colocou em seu coração. Chamada é isso, ABRIR MÃO DE TUDO POR AMOR AO EVANGELHO DE CRISTO E SUA VONTADE. Vá visitá-la lá em seu campo missionário, e tenho certeza que o irmão mudará seu posicionamento, quando ver com seus próprios olhos o que Deus tem realizado na vida dela e dos que ela alcança. Um forte abraço”.
          Ainda não tinha lido o comentário acima quando li o que Vital escreveu. Ele exagerou, mas leia: “Pr. Godoy, Pr Neemias Lima é um intelectual e cheio de humor. Está fazendo uma abordagem figurativa, simbólica com humor ao contrário. Todo mundo aqui entendeu, só o irmão que não. Está claro que ele é totalmente contrário ao tal oba, oba, apesar de estar afirmando positivamente, está dizendo ao contrário, coisa de intelectual”.
          Imediatamente o pr. Godoy se desculpou: “Assim sendo, me desculpem. Não conheço os irmãos, e só posso avaliar as palavras. Não sou intelectual... desta forma os irmão , por favor, tenham paciência comigo. Ao colega Pr. Neemias, meu pedido de desculpas. E vou adquirir seu livro para conhecê-lo melhor”.
          Diante disso, fiz o seguinte comentário: “Queridos, só agora vi a mensagem do pr. Godoy, levei um susto. Se fosse mineiro, diria: "nuuuuu". Mas tá tudo bem, colega. Não me comuniquei corretamente. Eu que devo pedir desculpas. Abraços e bola pra frente, com oba, oba ou sem oba, oba. Feliz 2011”.
         
Tentei resumir tudo o que aconteceu envolvendo meus comentários e preservei os textos tais quais postados por seus remetentes.
          Sobre o ocorrido, destaco:
1 - Ler é uma arte que nem todos dominam. Ler é olhar para um texto e realmente entender o que está sendo dito, compreender o que, embora não esteja expresso, é parte integrante do texto. Ler na entrelinhas, intuir o contexto, isso é ler.
2 - Não vou me defender sobre minha visão missionária, perguntem aos que convivem comigo e às centenas de missionários com os quais tive contato ao longo de 21 anos de ministério na mesma igreja.
3 - Deixo para todos o texto de Gálatas 6.17. Acho muito oportuno agora.
          No próximo texto, direi de quem é o oba, oba. Mas não me cobre urgência, a partir de segunda estarei de férias por 13 dias. E vou conhecer, se Deus quiser, a Cracolândia.
          Em Cristo Jesus, abençoado 2011.
Pr. Neemias Lima

Um comentário:

  1. Olá Pastor Neemias,

    Creio que o amado pastor acima realmente não o conhece, pois o senhor é um homem de Deus. É só olhar para a família linda que o senhor tem e para a igreja que o senhor pastoreia.O senhor é um dos pastores mais Influentes em nosso município com toda certeza!!! Eu sou uma das pessoas que pode provar o teu amor por missões, pois tenho acompanhado o trabalho da tua igreja e vejo as campanhas missionárias que o senhor lidera.
    Meu amado pastor; continue assim, sendo este homem de Deus,amigo e conselheiro.Como o senhor mesmo disse bola pra frente; boas férias,o senhor merece.


    Enoque Gomes dos Santos
    Membro da Primeira Igreja Batista em Vinhateiro

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