domingo, 14 de novembro de 2010

AS PARÁBOLAS DE JESUS. QUE SÃO PARÁBOLAS?

Os 66 livros da Bíblia consistem de vários estilos literários, incluindo as parábolas de Jesus. De fato, a Bíblia contém algumas das mais vívidas ilustrações, as quais, mesmo quando separadas de qualquer ilustração espiritual, evocam uma ampla rede de emoções.
          A parábola é uma ferramenta literária empregada no Antigo e Novo Testamentos. O próprio Jesus usou muito frequentemente este método.
          De um modo geral, a parábola é uma peça de ficção, embora usualmente realista. O objetivo normal das parábolas bíblicas era transportar uma verdade espiritual mais elevada.
          Derivada do vocábulo “parabollo”, “parábola” significa uma comparação entre dois objetos. Desse modo, uma parábola pode conter uma palavra chave, a qual é usada para espelhar outro conceito ou objeto singular. Mateus 13:33 é um exemplo disto: “O reino dos céus é semelhante ao fermento, que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado”. Aqui, o Reino é comparado ao “fermento”. Algumas vezes a verdade é transportada por toda a estória, tal como a parábola dos dois filhos (Lucas 15:11-32).
          Porque as parábolas se assemelham a prováveis acontecimentos, alguns eruditos bíblicos acreditam que as estórias realmente aconteceram. A parábola do homem rico e Lázaro, encontrada em Lucas 16:19-31, é um desses exemplos. Alguns argumentam que esta parábola inclui pessoas e eventos reais; outros acreditam que foi uma lição de ficção dirigida aos corações endurecidos do tempo de Jesus.
          Ao contrário das alegorias, as parábolas geralmente contêm um ponto, em vez de múltiplos pontos de comparação, com uma verdade a ser transportada.

Por que Jesus falava em parábolas?
          Do esquema de parábolas Jesus fez o maior uso. É possível imaginar a maravilha das ocasiões. Ao retirar itens da vida real, como da agricultura, justiça, ambição e amor, Jesus conseguiu atrair a atenção de todas as multidões. Contudo, apesar da simplicidade, suas estórias eram repletas de verdades eternas e espirituais.
          Jesus usou as parábolas para esconder essas verdades dos ouvintes temporários, os quais se interessavam mais pelo entretenimento do que pela salvação. Somente as pessoas espiritualmente despertas é que entendiam as verdades embutidas nas estórias. Por isso é que tantos ouvintes deixavam de entender a mensagem de Jesus.
          Os discípulos foram até Ele e disseram-Lhe: “Por que lhes falas por parábolas?” (Mateus 13:10). Jesus respondeu: “Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado... Porque o coração deste povo está endurecido, E ouviram de mau grado com seus ouvidos, E fecharam seus olhos; Para que não vejam com os olhos, E ouçam com os ouvidos, E compreendam com o coração, E se convertam, E eu os cure” (versos 11 e 15).
          Aos que Lhe resistiam, como os líderes religiosos, Jesus escondia a verdade dos seus corações endurecidos, usando as parábolas, visto como “a palavra da pregação nada lhes aproveitou, porquanto não estava misturada com a fé naqueles que a ouviram” (Hebreus 4:2).
          As pessoas que rejeitam a Palavra de Deus correm o perigo de ser também por Ele rejeitadas. Jesus escondeu as verdades espirituais dos não receptivos, os quais deixavam de merecer que Ele lhes atirasse pérolas, conforme Ele mesmo aconselhou os Seus discípulos: “Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem”.

Como entender as parábolas de Jesus
          As parábolas bíblicas são figuras artísticas ilustrativas, as quais poderiam ter sido usadas em qualquer peça literária bem escrita. Mesmo assim, elas precisam ser bem entendidas como sendo ferramentas empregadas pelo Espírito Santo para inspirar a Palavra escrita, a fim de transportar Suas verdades. Vejamos uma parábola bíblica, a qual narra, sucintamente, a estória da pequena cordeira, conforme o profeta Natã contou a Davi:
          “... Havia numa cidade dois homens, um rico e outro pobre. O rico possuía muitíssimas ovelhas e vacas. Mas o pobre não tinha coisa nenhuma, senão uma pequena cordeira que comprara e criara; e ela tinha crescido com ele e com seus filhos; do seu bocado comia, e do seu copo bebia, e dormia em seu regaço, e a tinha como filha. E, vindo um viajante ao homem rico, deixou este de tomar das suas ovelhas e das suas vacas para assar para o viajante que viera a ele; e tomou a cordeira do homem pobre, e a preparou para o homem que viera a ele”.
          Embora Davi tivesse cometido graves pecados, Deus usou esta parábola para alcançar o seu coração. Logo após tê-la escutado, Davi condenou a si mesmo, quando declarou: “digno de morte é o homem que fez isso” (verso 5), ao que Natã disse: “Tu és este homem” (verso 7).
          Como Davi foi levado à convicção do seu pecado? Quando entendeu a tolice dos seus métodos, através da clara ilustração que lhe foi apresentada pelo Espírito Santo nesta parábola. A Palavra de Deus, mesmo quando apresentada da maneira mais simples, pode tocar os corações mais endurecidos!

Fonte: Site Vigiai
The Parables of Jesus Christ - Rev. J. CLOSES, MÁ.
Traduzido por Mary Schultze, em 08/11/2010.

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